Têm horas que eu acho que todos os banheiros públicos foram feitos para canhotos. A lixeira dentro de cada um de seus boxes está quase sempre posicionada do lado esquerdo. Daí, você que é destro, senta lá, faz força e, depois de cada limpada é obrigado a se aventurar atravessando o papel sujo por cima de você para jogá-lo na lixeira que está do outro lado. Isso é um horror! Já pensou se nessa travessia, este papel cai no seu colo? Acidentalmente, você pode até dar uma raspada de papel lambuzado nos pêlos da própria perna!
E nos banheiros dos hotéis, as danadas das lixeiras também são adeptas a esse tal modismo público. Parece tendência seguindo ética, mania, regra ou, sacanagem mesmo, da arrumadeira que sempre posiciona a lixeira do lado esquerdo do vaso sanitário.
Essa tese foi comprovada nos hotéis do Sul de Minas e definida por aqui. Foi quando comentei com um joalheiro interessado em pedras naturais sobre este importante tema vital e ele foi categórico: “Nos hotéis daqui acontece a mesma coisa”.
Voltando para Minas de carona nessa mesma história... um hóspede reclamou outro dia, que devia ter alguém de marcação com ele no hotel. Pois, toda vez que entrava no banheiro de seu apartamento, ele mudava a lixeira para o lado direito. Mas, era só ele sair e deixar a chave que a dita cuja voltava para o lado esquerdo. Depois de muito inconformismo, ele preencheu um formulário e depositou a sua neura na caixinha transparente de sugestões.
Curioso mesmo foi que numa reunião seguinte, este foi um dos assuntos que estavam em pauta. As arrumadeiras entenderam o recado, discutiram a teoria da questão e levaram a sério a importância do posicionamento da lixeira no banheiro.
Junto com o puxão de orelha veio uma dica da gerente: qualquer dúvida era só elas sentarem no vaso, bater o dedo indicador no médio, ouvir o estalido e certificar qual era a banda certa em que ficava o lado direito.
